sexta-feira, junho 25, 2010

O Futebol da Era 16 Bits




Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Um dos grandes jogadores de futebol e um dos maiores ídolos da seleção brasileira. “Espera aí, o que o Zico tem a ver com games?”, você deve estar pensando. Bom, talvez você não saiba, mas o ídolo do flamengo é um dos principais responsáveis por haver games de futebol tão bons hoje em dia. O fato é que foi Zico quem difundiu o nosso amado futebol no Japão, quando ele foi jogar por lá no inicio da década de 1990, transformando o esporte em um dos mais queridos também na terra do sol nascente. Graças a isso (que culminou na criação da liga de futebol japonesa, a J- league) a empresa de jogos japonesa Konami desenvolveu, em 1994, o primeiro game de futebol digno de ser jogado. O melhor da era 16 bits. Estou falando de International Superstar Soccer (ISS). E Nada melhor do que esse tempo de copa do mundo para relembrar esse clássico do futebol eletrônico.



ISS foi lançado em Novembro de 1994 no Japão com o nome de Jikkyou World Soccer: Perfect Eleven, para Super Famicon (SNES). Com gráficos ótimos e jogabilidade satisfatória, o jogo logo foi um sucesso. Isso fez a Konami arriscar o lançamento do jogo na Europa e EUA, o que aconteceu em Junho de 1995, já com o nome de Internacional Superstar Soccer. E Mesmo não sendo um esporte tão popular nos Estados Unidos, o jogo caiu nas graças dos americanos e o game também foi bem recebido por lá.

O que fazia de ISS um jogo tão espetacular era a fidelidade que ele passava de uma partida de futebol real. Desde o grito da torcida, as animações dos jogadores (que ficavam cansados e, quando levavam um gol, apareciam cabisbaixos) até os efeitos dos estádios (Com dias de sol, chuva e até neve!), passando por pequenos detalhes, como os fotógrafos na beira do campo e a escolha do cara-ou-coroa no início de cada partida. Tudo no jogo empolgava qualquer um que gostasse de futebol, mesmo aqueles que sempre eram escolhidos por último nas aulas de educação física, como eu. Apesar de algumas destas características parecerem normais para os dias de hoje, na época, não se viam em nenhum outro jogo do gênero, e olha que a série Fifa já existia. O jogo também trousse grandes inovações, como a narração de lances importantes, o replay dos gols, a possibilidade de fazer substituições e armar esquemas táticos.


Além dos campeonatos e torneios, os modos de jogo que mais se destacavam eram o Penalty Kick e Scenario. O primeiro eram cobranças de pênaltis simples e diretas: um jogador controlava o batedor e outro controlava o goleiro; Já o modo Scenario era a maior novidade. Nele, você deveria vencer um desafio proposto, como por exemplo, ganhar uma partida que seu time está perdendo por dois gols de diferença ou tentar fazer o gol da vitória faltando poucos minutos do fim da partida. Sem dúvida esse era o modo mais divertido, justamente pelo desafio. Perdi a conta de quantas tardes gastei tentando completa-los.

Futebol de Luxo
Para consolidar ainda mais o sucesso da nova franquia, a Konami lançou, apenas alguns meses depois, a continuação Jikkyou World Soccer 2: Fighting Eleven, ou International Superstar Soccer Deluxe no ocidente, para Snes e, posteriormente, para Mega Drive e Playstation. A versão Deluxe era simplesmente o melhor simulador de esportes da época. As animações ficaram consideravelmente mais detalhadas e coloridas (graças ao aumento da memória do cartucho, de 8 para 16MB), até nas substituições eram mostradas os jogadores saindo e entrando em campo, com direito a plaquinha e tudo. Já a inteligência artificial dos jogadores também foi aprimorada e várias melhorias técnicas foram colocadas, como mais possibilidades de esquemas dos times, novas narrações, novos dribles (entre eles a famosa pedalada) e a adição de um modo co-op de dois jogadores contra o computador, Além de novos desafios para o modo Scenario. Nunca foi tão fácil e divertido fazer gols e placares com mais de um digito eram bem comuns.

"Tirô! Quê Lindo!!"
International Superstar Soccer Deluxe fez um sucesso enorme no Brasil, mas poucos jogaram o game com esse nome. Já que ele era mais conhecido por aqui como “Futebol Brasileiro 96” ou “Ronaldinho Soccer”, que nada mais eram do que versões modificadas (Piratas mesmo) do Deluxe. O problema era que International só tinha seleções de países, por isso, o jogo era adaptado, mudando o uniforme e nome das seleções para os principais times brasileiros, como Vasco, Corinthians e Flamengo, alem de outros clubes da Europa e América do Sul. O engraçado era que a “Versão Brasileira” tinha a narração em um portunhol bem descarado, a começar pelo título: “Futebol Brasileiro novienta e seis!”. Outras frases como “Saque do Goleiro” e “Bom pegada!” estão gravadas até hoje na cabeça de quem jogava.


Depois dos dois jogos lançados para 16 bits, a Konami ainda lançou outras versões de International Superstar Soccer para as plataformas mais avanças, com destaque para a ótima versão de Nintendo 64, mas a série já estava com o seu brilho ofuscado devido à série Wining Eleven do Playstation (atualmente PES), que também era da Konami e tinha se originado no ISS. A última versão lançada foi International Superstar Soccer 3, lançado em 2003 para PS2, GameCube, Xbox e PC. O jogo era bem fraco e não fez muito sucesso.



Zico pode ter jogado muito na sua época, mas para nós, gamers, a sua maior contribuição foi feita indiretamente. Influenciando o futebol japonês, ele fez com que muitos boleiros virtuais pudessem fazer seus dribles da vaca, suas bicicletas e gols olímpicos nos gramados de pixels. Olhando para o jogo hoje em dia é impossível não notar falhas, principalmente em seus controles duros e travados. Mas pela importância que ISS tem para os games futebolísticos, não é nada mal dar alguns acréscimos no tempo de prorrogação e experimentar mais uma fez esse clássico. Afinal, Allejo sempre será melhor que qualquer atacante que a seleção já viu.

terça-feira, junho 08, 2010

Cidades Famosas no Mundo dos Games (Parte final)


Finalmente termino essa série mostando as principais cidades no universo dos games. Por último (e também menos importante) está a cidade que todo fanboy da série Final Fantasy sonharia morar e onde um emo esquizofrênico é o heroi.

Midgard


Jogos: Final Fantasy VII, Crisis Core: Final Fantasy VII, Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII

Principais Moradores: Presidente Shinra, membros da organização Avalanche e Aerith.

Sendo a capital de Gaia, o mundo onde acontecem os jogos de Final Fantasy VII, Midgard é a cidade mais avançada tecnologicamente daquele planeta e também a cidade mais conhecida dos rpgs.

Midgard foi construída pela empresa Shinra Electric Power e, curiosamente, ela não está em terra firme, mas sim elevada sobre uma imensa plataforma sustentada por oito pilares, que divide a cidade em oito setores. Por causa dessa peculiaridade, Midgard possui dois seguimentos. Uma parte superior é habitada pelas pessoas mais ricas e poderosas do mundo. Possui uma arquitetura fina, alta tecnologia, além de ruas e auto-estradas bem planejadas. Em contraste, a parte inferior é onde está concentrada a população pobre. Os locais estão, em sua maioria, em ruínas e a criminalidade rola solta. Ao todo, Midgard demorou 25 anos para ser construída.

A cidade de Cloud e Aerith é caracterizada também por possuir os reatores Mako, que sugam a Lifestream do planeta e a convertem em energia para toda a metrópole. No total, são oito reatores, cada um localizado em uma seção da cidade. Como consequência, o solo ficou infértil e transformou a região em volta de Midgard em um completo deserto.


Um dos lugares mais importantes de Midgard é o quartel-general da Shinra, localizado no setor zero, bem no centro da metrópole. O enorme edifício de 70 andares concentra a maioria dos laboratórios e escritórios da corporação, sendo que o último andar é onde fica a sala do presidente Shinra. Outro local bem famoso de Midgard é a igreja da personagem Aerith, localizada no setor 5 da parte pobre da cidade. Na época do jogo, a igreja era o único lugar de Midgard - além da casa da própria maga branca - onde flores e plantas conseguiam nascer.



Midgard teve um triste fim quando foi atingida em cheio por um meteoro. A população ainda conseguiu se salvar indo para a parte de baixo da cidade, mas a metrópole localizada acima da plataforma foi completamente destruída. Na área próxima das ruínas, os habitantes que sobreviveram começaram a construir uma nova cidade chamada Edge, que possui um monumento para homenagear as pessoas que morreram na queda do meteoro.