segunda-feira, dezembro 27, 2010

Os Dois Melhores Jogos de 2010

Todo final de ano é assim, tão certo quanto peru na ceia de natal é a divulgação de lista dos melhores do ano, seja ela em qualquer área. Cinema, televisão, quadirnhos etc.
Com os games não é diferente. A mídia especializada adora e é praticamente lei organizar alguma votação para eleger os melhores jogos. Já quando a imprensa “comum” tenta fazer isso, nunca dá certo (né, revista Time?)

Esse ano foi bem agitado e muitos jogos, apesar de serem bons, são esquecidos pelo caminho, ou você não lembra de Boshock 2, Super Street Fighter IV, Máfia II ou Alan Wake?

Pois bem, um padrão que notei neste ano foi que dois jogos se alternaram no topo da maioria das listas: Red Dead Redemption e Mass Effect 2. Duas obras primas que não venderam horrores de cópias como o todo poderoso Call of Duty: Black Ops (que também é um ótimo jogo), mas que são uma demostração perfeita de qualidade nos games.

Em qualquer das listas que você encontra dos blogs ou sites sobre jogos, ou um ou outro é escolhido o melhor. Como tive a oportunidade de experimentar os dois, falo aqui um pouco sobre eles.

Red Dead Redemptiom (Xbox 360 e PS3)


A série que nasceu como um projeto abandonado da Capcom (Red Dead Revolver, para PS2 e Xbox em 2004) foi adquirido pela Rockstar e esse ano veio triunfante como o melhor jogo de faroeste já feito.

Bem ao estilo de GTA, RDR possui um vasto território para ser explorado, uma recriação perfeita do velho oeste americano do ínicio do século XX. Aqui você pode tanto ficar o dia todo jogando poker nos bares das pequenas cidades, procurando bandidos ou galopando com o seu cavalo nas belas paisagens do jogo.

Além do clima muito bem refeito do faoreste, o jogo possui uma trama bem hollywoodiana e introduz um dos melhores personganes do mundo dos games: John Marston. Ele é a união perfeita dos dois maiores ícones dos filmes de western: John Wayne e Clint Eastwood. E não não é a toa que você se apega tanto ao personagem. Só faltou mesmo uma trilha sonora de Enio Morricone, mas as músicas bem ao estilo Country presente no jogo já são boas por si só.

RDR está bem longe de ser só um clone de GTA e já figura entre as melhores fanquias de jogos.





 
Mass Effect 2 (Xbox 360, PC e em Janeiro de 2011 para PS3)




Imagine um jogo com influências de clássicos da ficcção científica como Star Wars, Star Trek e Battlestar Galáctica e com, literalmente, um universo de histórias envolventes e personganes carísmásticos, assim é a série Mass Effect.

O segundo jogo da franquia expande ainda mais esses conceitos e coloca você mais uma vez no papel do Comandante Shepard, agora com novos e também antigos membros da equipe do primeiro jogo que devem continuar impedindo a invasão dos  Reapers.
O mais interresante dessa continuação é que você pode tanto começar um jogo totalmente novo, ou importar o mesmo persongem e escolhas morais feitos no jogo anterior, continuando sua saga espacial.

Com as melhorias implementadas pela Bioware, Mass Effect 2 deixou de ser uma seqüência espiritual de Knight of The Old Republic (o jogo que fez a Bioware ser uma das principais desenvolvedoras de RPG nos games) e passou a ser um exemplo de rpg de ação a ser sequido de agora em diante. Muitas opções de diálogos, centenas de missões para serem feitas e mais esolhas morais para serem escolhidas. Mass Effect 2 exige bastante tempo do jogador, mas que é recompensado com um dos maiores épicos espaciais da indústria do entretenimento


Analisando rápidamente os dois jogos, pode-se notar alguns padrões: os dois são influenciados por filmes e ambos são centrados no desenvolvimento de seus personagens, além disso, tanto RDR quanto ME 2 demandam tempo do jogador.
OBS: nenhum dos jogos também está, nem estará, disponível para o Wii (CHUPA Nintendo!!!)

Talves essas características sejam a fórmula para se criar um jogo de sucesso?

O mais mportante nos dois casos foi que tanto a Bioware quanto a Rockstar souberam refinar essas qualidades nos jogos e entregaram para o público os dois melhores games de 2010.



Feliz ano novo!

sábado, dezembro 11, 2010

Review Aperture Science de Portal

Um review um pouco diferente sobre um jogo igualmente singular: Portal, da Valve.
Quem jogou com certeza vai perceber algumas falas do jogo e provavelmente vai também entender melhor a ideia desse review



Olá! Bem vindo ao Review Aperture Science do jogo Portal. Eu sou Genectic Lifeform and Disk Operating System (tradução: Sistema Operacional em Disco e Forma Genética), ou simplesmente GLaDOS, e guiarei [nome do leitor aqui] no review de um dos jogos mais inovadores dos últimos tempos. No entanto, antes de começarmos, tenha em mente que, embora diversão e aprendizado sejam os objetivos primários do review, machucados sérios podem ocorrer durante o processo. Se chegar até o final, um bolo será entregue a [nome do leitor aqui]. Boa Sorte!


Test Champer 00

É bem difícil, até mesmo para uma inteligência artificial como eu, definir o que é Portal. Como o jogo foi lançado junto com Half-Life 2 no pacote “The Orange Box” e por possuir uma visão em primeira pessoa, Portal pode ser confundido com o famoso gênero de FPS [Tiro em Primeira Pessoa] de jogos como [nome do jogo de FPS aqui]. No entanto, a cobaia [jogador] completa todo o jogo sem dar um único tiro e sem matar ninguém [Error]. Então, o que seria o jogo Portal? Um First Person Puzzle? First Action Puzzle? [qualquer gênero de games aqui] Puzzle? Com certeza o que mais importa é a palavra “Puzzle”. E isso é basicamente o que o jogador/cobaia faz no jogo: resolver enigmas.

Os Portais

Eu, GLaDOS, cuido do Centro de Enriquecimento dos Laboratórios de pesquisa científica da empresa Aperture Science, guiando e ajudando [error] a cobaia/jogador por 19 câmaras. O objetivo de todas elas é bem simples: Ir da entrada até a saída da câmara. Porém, no caminho, há vários obstáculos e enigmas para serem resolvidos. Como ferramenta para solucionar esses problemas, a cobaia/jogador adquire um Aperture Science Handheld Portal Device, ou Portal Gun, um dispositivo altamente avançado e especialmente desenvolvido pela Aperture Science, que cria dois tipos de portões inter-dimensionais: Um portal azul e outro laranja, que podem ser abertos em certos tipos de superfície e no qual o jogador/cobaia pode entrar por um e sair pelo outro, deslocando-se, assim, no espaço.

[Interferência...]

Um exemplo bem prático de como funciona os Portais é quando você encontra um obstáculo difícil de ultrapassar (ou um lugar impossível de alcançar), basta criar um portal depois do obstáculo (ou em cima da plataforma) e depois outro portal perto de você, assim você consegue progredir no jogo.

[Fim da interferência] [sinal recuperado]

Esses portões inter-dimensionais foram comprovados como sendo completamente seguros e são os únicos meios de solucionar esses Puzzles. Quanto ao Portal Gun, aconselhamos que, para a segurança do próprio jogador, não a use para destruir nenhum aparato vital de teste [câmera de vigilância]. Talvez para a sua espécie, a jogabilidade de Portal pode ser complicada de entender só com palavras, então, nós, da Aperture Science, aconselhamos que você jogue o jogo para uma melhor compreensão.
[subtítulo aqui]

Você está indo muito bem. No entanto, é com pesar que o review Aperture Science do jogo Portal informa que a próxima leitura é impossível. Não faça nenhuma tentativa de continuar

[Error] [GLaDOS Off]

O jogo tem uma curva de aprendizagem bem satisfatória. No começo, os puzzles são bem simples, mas isso não quer dizer que são chatos, pelo contrario, eles são bastante práticos e ensinam o jogador a entender a mecânica do jogo. Depois, conforme você progride e recebe o Portal Gun, os enigmas vão ficando mais complexos e desafiadores.

Outra característica é que os puzzles não têm uma forma única de serem completados, deixando o jogador com livre arbítrio para resolvê-los da várias maneiras. De vez em quando o jogador também deve utilizar certos cubos, chamados Weighted Storage Cubes, para ativar algumas portas. Um deles em especial, o Weighted Companion Cube, é muito importante para...

[GLaDOS On]

Fantástico! Você conseguiu realizar a leitura mesmo sendo induzido a desistir e entrar em um clima de pessimismo. Você deve ser o orgulho da [cidade natal do leitor aqui].

Final Test

Parabéns! [nome do leitor aqui], você está chegando ao final do Review Aperture Science do jogo Portal. Agora, buzzzzzt…

[Off]

Assim como a personagem principal, chamada Chell, que no começo do jogo acorda depois de um longo sono em uma espécie de sela, o jogador também não sabe direito o que está acontecendo [o que você está fazendo!? Não era para você está aqui]. Com o passar do tempo você percebe que há algo de errado naquele laboratório, já que, estranhamente, o lugar está completamente vazio. A não ser por GLaDOS, a voz onipresente com quem o jogador interage e que sempre trata o jogador como se fosse uma mera cobaia. Em certos momentos, a inteligência artificial tenta transmitir emoções na sua voz computadorizada, mas, sem dúvida, a personalidade e as falas bem sarcásticas de GLaDOS fazem dela uma das personagens mais carismáticas e marcantes dos videogames. [Ainda não é tarde para você desistir disso] Porém, nem tudo é perfeito e o jogo só peca pela sua curta duração, já que, em média, ele demora de duas a três horas para ser terminado. [Não é seguro você está aqui! Você nem mesmo sabe o que está escrevendo!] Por causa disso, até uma expansão, chamada Portal: Still Alive, foi lançada exclusivamente para Xbox Live Arcade contendo algumas fases extras para o jogo. [Essa é a sua última chance] Mesmo assim, sempre fica um gostinho de quero mais, e como diz o ditado popular: “Tudo que o é bom dura pouco”...

Pedimos desculpas pelo ocorrido, os responsáveis por isso serão punidos severamente. Em certas partes, algumas frases mentirosas escritas em lugares de acesso restrito poderão ser percebidas, pedimos que a cobaia/jogador as ignore para não comprometer o andamento do teste.

Festas e Bolos

Excelente! Você chegou ao final do Review Aperture Science do jogo Portal, se você, mesmo depois de ler esse review, não quiser experimentar o jogo, nós, da Aperture Science, sentimos muita, muita pena de você.


A nota do jogo Portal é: 3,2... Isso foi uma brincadeira. Haha


A verdadeira nota de Portal é: 9,5.



Obrigado por nos ajudar a ajudar você a ajudar todos nós. Bye!

AdabialAHDGAFAmiagobdloobah aritnem amu é olob o qiaqgaje legDGAkaod ninteoasal eil a si ekac eht jotparol ajag gralai auifua foauqgafnmaha hahkzahah Lakxya akuagq JSGSSHAL SKSUSTYB JSHAYSBD.

sábado, dezembro 04, 2010

Um espaço morto e assustador


Jogar Dead Space pra mim foi um dilema: Como queria ter uma experiência completa dentro do clima do game eu não jogava durante o dia para não quebrar o ambiente sombrio e assustador que ele passava, mas quando era noite eu me borrava de medo e não conseguia ficar mais do que meia hora jogando. Por isso, demorei muito tempo para completá-lo. Tempo esse que foi repleto de sustos, momentos tensos e várias olhadas para os lados para ver se não havia ninguém espreitando, coisa que não sentia desde os tempos dos primeiros Resident Evil e Silent Hill e que já estava fazendo falta no mundo dos games. Finalmente ter medo voltou a ser divertido.

Uma nova franquia
Lançado em 2008 para PC, Playstaton 3 e Xbox 360, Dead Space foi uma das grandes apostas da Eletronic Arts (junto com Mirror’s Edge) para criar uma nova propriedade intelectual e lançar uma nova franquia para nova geração. O jogo recebeu um marketing pesado da empresa, sendo visto como um projeto multimídia, já que, antes do jogo chegar às lojas, foram lançadas uma HQ e um filme de animação (Dead Space: A Queda) que serviram para mostrar os acontecimentos anteriores ao jogo, incitando os jogadores a saberem mais da história do game.
Apesar de ter a premissa bem simples, a história de Dead Space é interessante e consegue te prender. Aos poucos você vai se aprofundando nos acontecimentos, descobrindo o que realmente ocorreu na nave. Isso é feito através de arquivos de vídeos, textos e áudios que são encontrados enquanto se explora a Ishimura. Algo bem parecido com que acontece com os audio diaries de Bioshock

Um Survival Horror com novidades

Um dos atrativos do jogo é o fato de Isaac não ser nenhum soldado armado até os dentes e com super poderes, mas sim uma pessoa comum, como eu e você, que está em uma situação extrema. Esse aspecto reflete em como Dead Space é jogado, pois as armas não são metralhadoras ou rifles. Em vez disso você possui equipamentos tecnológicos para enfrentar os inimigos, o que tem mais a ver com que um engenheiro sabe usar. Esse novo tipo de armamento também influencia no combate contra os Necromorphs. Corte suas pernas para que ele não venha correndo, ou decepe seus braços para não ser machucado. A escolha é sua. Essa característica faz de Dead Space um jogo com jogabilidade bem interessante, sendo um alívio em relação ao excesso de jogos onde os tiros são mais importantes que a estratégia de combate.
De resto, o jogo possui uma formula parecida com outros Survival Horror: Busca por algum item para abrir novas áreas, retorno em cenários já passados para descobrir algo novo, além de puzzles. Este, por sinal, é um ponto interessante e bem explorado. Os puzzles, que há muito estavam esquecidos no gênero (estou olhando para você Resident Evil 5!), voltam de maneira triunfal e inteligente com Dead Space, principalmente quando esses enigmas estão em um ambiente com gravidade zero.

Sons arrepiantes

Apesar de todos esses atributos, nenhum deles seria relevante se não fosse pelos principais elementos de Dead Space: Os sons e efeitos sonoros. Metais batendo, gritos e sons estranhos que ecoam nos corredores estreitos e claustrofóbicos da Ishimura criam todo um clima de medo e tensão ao jogar. Além disso, a trilha sonora consegue causar tanto medo que uma simples música de ninar (Brilha, Brilha Estrelinha – que tocava no trailer do jogo) consegue te arrepiar todo. Por isso mesmo, se você quer ter uma experiência mais completa, é essencial que jogue Dead Space com um bom aparelho de som, um home theater 7.1 ou mesmo com os fones de ouvido, se não o game perde muito do clima de apreensão que ele pode possibilitar.

Um medo que veio para ficar

Dead Space foi uma grata surpresa quando foi lançado e é ideal para os órfãos de um bom Survival Horror, sendo tudo aquilo que Resident Evil 5 deveria ter sido, reunindo ação, medo e exploração na medida certa. E ainda com uma história densa e que pode ser bem aprofundada com o “Universo expandido” criado pra ele, com comics, animações e livros que completam a história central. Os Zumbis e Granados que se cuidem, porque os Necromorphs chegaram pra ficar e assustar ainda mais os jogadores.