quinta-feira, março 25, 2010

Amo Odiar a Nintendo


Até alguns anos atrás eu sempre comia feijão, era cristão e só jogava no super nintendo. Hoje dificilmente como feijão, acho Gésus só um cara legal e odeio a Nintendo. O que aconteceu nesse meio tempo para eu mudar de opinião? As duas primeiras mudanças podem ser mais complicadas de explicar, mas o fato de odiar a Nintendo é simples: Ela fez os videogames voltarem a serem vistos somente como um “brinquedo”.

Antes, devo confessar que eu era um defensor fervoroso da Big N, ao ponto de preferir ganhar um Nintendo 64 a um Playstation no meu aniversário (FAIL). Na época eu era só um pré-adolescente com pouco censo crítico, mas conforme o tempo passou, eu comecei a não gostar mais tanto assim dos consoles da Nintendo e de seus jogos. Além do que, eu sempre ouvia falar de um Resident Evil aqui ou de um Metal Gear Solid acolá e nunca podia jogá-los nos meus - já encostados – Snes e N64. Até que, enfim, encontrei Playstation e a pirataria e ele mudou minha vida (gamer).

Durante esse tempo vi a evolução dos games e de como eles começaram a representar uma cultura tecnológica e que, às vezes, era até chamada de arte. Foi então que a minha ex-amada Nintendo lança o profético Revolution, hoje conhecido como Nintendo Wii, e muda completamente o mundo dos jogos eletrônicos.

Não estou criticando a inovação que o Wii troce para os games, ele foi (e continua sendo) muito importante para a indústria. A minha revolta é contra a política predominante da empresa japonesa de popularização dos games para um publico mais abrangente, mesmo que para isso os jogos tenham qualidades duvidosas. É só assistir a maioria dos comerciais do console que aparecerá uma família feliz jogado um Wii Sports ou Wii Fit ou Wii Fuck da vida. Isso acertou em cheio as pessoas pela inovação e simplicidade, além de criar o famigerado ramo dos “jogos casuais”. Hoje o console é indisútivelmente um sucesso e, por isso, as empresas de games abarrotam o aparelho banco com jogos, na maioria, pifeis. A conseqüência mais grave disso é que as pessoas começaram a ver os videogames de novo somente como brinquedo, assim como era no começo da década de 1990, quando a indústria dos games – adivinhe só – era também dominada pela Nintendo.

Agora responda: quais dos jogos considerados os melhores dos últimos anos eram pra Wii? Acho que nenhum. Dá para contar nos dedos os jogos que não foram feitos pela própria Nintendo e que são bons (e nem todos feitos pela Big N escapam, não é Wii Music?). Talvez por trás da revolução que a empresa iniciou haja, na verdade, uma estratégia extremamente conservadora. Que insiste em não lançar um suporte de alta definição para o seu console ou um serviço online eficiente. Tanto que agora é até normal os grandes jogos multiplataforma serem lançados somente para os rivais Xbox 360 e PS3.



E sabe o que é o pior? Depois de ter escrito isso tudo? É que eu, no fundo, ainda quero jogar os jogos da Nintendo e, principalmente, queria ter um Nintendo Wii, só para jogar Mario Galaxy, os jogos exclusivos do Resident Evil e os novos Zelda e Metroid. Você entende? Eu “Nãointendo”.




segunda-feira, março 22, 2010

Mais um Choque Biológico


Mark Meltzer é um bom pai e ama muito sua filha Cindy. Então, imaginem seu desespero quando ele descobre que ela é uma das várias meninas que estão desaparecendo nas praias de todo o mundo. Na busca pela filha, ele acaba encontrando uma cidade no fundo do oceano atlântico que deveria estar esquecida, uma cidade chamada Rapture. Mark Meltzer não é o personagem principal de Bioshock 2, ele apenas faz parte de uma das várias histórias contadas nessa continuação, mas assim como ele, o novo protagonista também é um Daddy (pai em inglês). Bioshock 2 se passa dez anos depois da primeira aventura e agora você está na pele (ou armadura) de um Big Daddy, mas não um modelo comum e sim o primeiro protótipo construído, com o nome de Subject Delta.

Rapture agora é controlada por uma mulher chamada Sofia Lamb e o seu caminho se cruza com o dela por causa de Eleanor, filha de Lamb e também uma Littre Sister que acompanhava Delta. O problema é que a nova dona de Rapture está usando a própria filha para conseguir objetivos nada agradáveis e cabe a você, como um bom Big Daddy, procurar e proteger sua Sister. A nova trama é boa e consegue te prender até o fim, porém ela não tem o mesmo impacto que a do primeiro jogo. Além disso, a nova antagonista bem que tenta, mas não chega a ser um personagem tão forte e carismático quanto o megalomaníaco Andrew Ryan. Já quem ficou curioso com o que aconteceu nesses dez anos que separam os dois jogos, pode ouvir os vários audio diaries espalhados pela cidade, através deles também é possível conhecer outras histórias paralelas e emocionantes (como a do nosso amigo Mark Maltzer).

Sem dúvida a maior novidade nessa sequência é o fato de controlar um Big Daddy e isso muda bastante a mecânica do jogo. Logo de cara, a primeira mudança é poder usar os poderes do plasmid e as armas ao mesmo tempo. E mesmo que a ideia de um protótipo que é melhor do que os modelos ditos avançados ser meio absurda, ela é bem vinda, já que as novas habilidades deixaram os combates mais dinâmicos. Outra novidade é que agora há uma opção de adotar as Little Sisters, o que significa protegê-las dos inimigos que aparecem do todos os lugares enquanto elas extraem Adam dos corpos de pessoas mortas (um hábito MUITO normal para meninas dessa idade).

Se no primeiro Bioshock os inimigos mais fortes eram os Big Daddies, agora que você é um deles quem poderia te ameaçar? A resposta para essa questão são as Big Sisters. Elas são nada menos que as Littles Sisters do jogo anterior que cresceram e agora usam uma armadura inspirada nos seus “Mister Bubbles”. Elas são mais rápidas e mais fortes que os Big Daddies, além de também usarem plasmids. Portanto, prepare-se, pois não será uma luta fácil.


 
Por mais que Bioshock 2 tenha acrescentado novas características, visto no geral o jogo pouco muda em relação ao primeiro. Os inimigos são praticamente os mesmos do jogo anterior - os Splices - e os poderes dos Plasmids pouco mudaram. O game peca por não inovar tanto quanto seu predecessor, mesmo evoluindo alguns aspectos. Não estou falando que ele é um jogo ruim, longe disso, só que parece que o pessoal da 2K games não quis arriscar muito nessa sequência. Bioshock 2 seria um game perfeito se não fosse uma continuação, mas com certeza você não ficará decepcionado ao jogá-lo. Então, aventure-se mais uma vez por Rapture e quem sabe você pode encontrar Mark Meltzer e sua filha Cindy, com certeza você ficará impressionado com o que vai ver.





sábado, março 20, 2010

Momentos mais impressionantes nos games (com spoilers)

Para muitos (eu incluso) os games são considerados uma forma de arte e por isso, assim como o cinema e a literatura, contém momentos tão impactantes que ficam na memória para sempre. Por causa dos avanços tecnológicos dos últimos anos os games poderam aperfeiçoar ainda mais esses momentos e torná-los ainda mais inesquecíveis. Aqui eu mostro cinco deles e só não coloco mais ou porque eu não lembro (tenho uma memória muito falha) ou porque não achei no youtube.

Atenção porque eles contém spoilers dos referidos jogos 

Call of Duty 4 Modern Warfare
O jogo que revolucionou o gênero FPS (tiro em primeira pessoa). Desde a primeria cena até a última, o jogo pussui os maiores momentos "Uau!" da nova geração. Porém nada - NADA - se compara à cena da detonação da bomba nuclear no qual você se sentir no meio da explosão. Fucking Awesome!


God of War
O primeiro God of War só pode ser resumido por uma palavra: épico. A luta contra o primeiro chefe - A Hydra - já mostra o que esperar do resto do game. Os quick time events apartir de então foram exageradamente usados, mas até hoje não se comparam com esse clássico jogo de PS2 lançado em 2005. Essa primeira luta é o exemplo perfeito disso


Gears of War 2
Além de muita ação, tiros e sangue, a continuação de um dos melhores games para Xbox 360 também trazia, ao seu modo, uma carga sentimental ao mostrar a desesperada procura de Dom - fiel companheiro do protagonista Marcus Fenix - por sua esposa Maria, que foi capturada pelos inimigos Locust. O reincontro dos dois é de cair o queixo (a animação é feita com os gráficos do jogo) e é o momento mais memóravel que tenho da série.


Shadow of the Colossus
Um dos meus pecados "gamísticos" é nunca ter jogado esse game. Mas depois de ver esse vídeo eu pensei seriamente em tirar a poeira do meu PS2 para lutar contra os Colossus (e que foi impedido por uma coisa chamada preguiça). A cena mostra a aparição do primeiro desses Colossus que você deve derrotar. Se aquela lenda biblíca da luta de Davi e Golias tivesse acontecido, ela seria desse jeito.


Bioshock
Por último, mas não menos importante está a cena mais marcante (e foda) do jogo Bioshock. Nela, você descobre que estava sendo controlado metalmente o jogo todo através da frase "Would you kindly" e o antagonista e megalomaníaco Andrew Ryan mostra por que ele é um dos personagens mais impressionantes do mundo dos games. Nunca mais esquecerei a frase "A man choose, a Slave obey!" dita por ele no alto de sua filosofia maluca (e que talvez não é tão maluca assim). Isso certamente forma o carater de uma pessoa



quinta-feira, março 04, 2010

A história do Universo Fallout (parte 5)

A Brotherhood of Steel



A Brotherhood of Steel, ou BoS, é uma organização tecnológica que tem origem no exército americano. Diferente do que se possa imaginar, eles não têm o objetivo de ajudar a população de Wasteland, mas sim de procurar e preservar as tecnologias do passado. Além disso, dificilmente aceitam forasteiros como membros e é formada exclusivamente por humanos.

A história da BoS começa um pouco antes da queda das bombas, com o Capitão Roger Maxson e seu esquadrão abandonando o exército ao descobrir sobre os planos do governo com o FEV. Quando houve o bombardeio nuclear, eles se refugiaram na Base Mariposa e depois se mudaram para uma instalação militar na costa oeste americana chamada Lost Hill, levando junto alguns cientistas e familiares, além de toda tecnologia e armamentos (inclusive as power armors) que podiam. Lá, o capitão Maxson fundou a Brotherhood of Steel e tornou-se seu primeiro líder (High Elder).

A Brotherhood que aparece em Fallout 3 é uma facção da original. Ela é chamada de Capital Wasteland Brotherhood of Steel e teve origem em uma expedição que foi mandada para Washington DC, o objetivo era procurar por tecnologias avançadas na costa leste e investigar atividades de Super Mutants no local. Ao chegar a Capital Wasteland, o líder da expedição, o Paladin Owyn Lyons, torna-se Elder, monta uma base nas ruínas do pentágono chamada Citadel e se desvia dos objetivos originais, decidindo proteger a população da região contra a ameaça dos super mutants. Em resposta, o conselho da Brotherhood na costa oeste corta o apoio e o suporte para a facção, mas ainda os reconhece como parte da BoS. Já alguns membros Capital Wasteland Brotherhood of Steel não concordam com as mudanças e se separaram, eles formam o Brotherhood Outcast e mantém as prioridades de procurar novas tecnologias. Mesmo com pouco contato, a Brotherhood da Capital Wasteland ainda é subordinada ao Conselho da Brotherhood em Lost Hill, mas age como uma facção independente, tendo Elder Lyons como seu líder.

A Brotherhood of Steel é tão importante no universo Fallout que até ganhou dois jogos spin offs chamados Fallout Tactics: Brotherhood of Steel (PC) e Fallout: Brotherhood of Steel (PS2 e Xbox). Os jogos mostram outras facções da organização no meio-oeste americano. No entanto, as histórias não são consideradas oficiais, pois contém eventos que contradizem com os fatos dos jogos principais.

A Brotherhood of Steel não deixa de ser uma organização militar, e como tal, ela é organizada internamente com hierarquias e cargos, sendo os principais:

• Initiates – Recrutas novatos em fase de treinamento. Quando são promovidos, os Initiates escolhem entre serem Scribe ou Knight.

• Scribes – são os cientistas que estudam e analisam as tecnologias encontradas pela Brotherhood, criando e aperfeiçoando as armas que são utilizadas pelos Knights, além de também pesquisarem sobre a história da época antes da guerra.

• Knights – Os Knights são os responsáveis pelas atividades de combate, por isso utilizam as power armor e outras armas tecnológicas para enfrentarem as ameaças de Wasteland.

• Paladins – Os paladins são os melhores soldados da brotherhood escolhidos entre os kinghts após anos de experiência. Os paladins normalmente comandam as missões da Brotherhood na Wasteland e como eles também são considerados Knights, o chefe dos Paladins também é o chefe dos Knights

• Elders – Os Paladins e Scribes mais experientes se tornam Elders, juntos eles formam o Council (conselho) e decidem sobre o futuro da Brotherhood

• High Elder – O Chefe do Council e líder máximo da Brotherhood. Normalmente é ocupado por um descendente de Roger Maxson.

No próximo, e último, post sobro o universo Fallout falarei sobre os mistérios das Vaults