terça-feira, dezembro 29, 2009

Os maiores games de 2009 - O último post do ano

O ano de 2009 foi bem movimentado no mundo dos games. Apesar de a crise financeira ter atingido o mercado durante boa parte do ano, a indústria dos jogos eletrônicos não foi (muito) afetada por ela. A reestruturação da E3 (Entertaiment Eletronic Expo), que voltou a ser a maior feira de videogames do mundo; o anúncio do Projeto Natal para Xbox 360 (um equipamento que captura os movimentos do jogador); o lançamento do PS3 Slim e ainda os grandes lançamentos de jogos durante todo o ano, mantiveram a indústria aquecida. E bem que o ano poderia ter sido melhor se muitos títulos não fossem adiados para 2010. É Nesse clima de retrospectiva que relembro os grandes games de 2009, com alguns jogos muito esperados e outros que surpreenderam.

Street Fighter 4 (PS3, Xbox 360 e PC)
A melhor série dos jogos de luta retorna à majestade com essa quarta versão. Unindo gráficos 2D com 3D, controles precisos (exceto com o controle do Xbox 360) e muitos Hadoukes e Shoriukens, o jogo nos faz relembrar dos bons tempos de SF II com personagens clássicos como Ryu, Ken, Chun-li e Blanka, além de novatos como Abel, Rufus e o apelão chefe Seth. Obrigatório para os fãs de luta.



Guitar Hero Metallica (PS3, Xbox 360, Wii)
Uma das maiores bandas de metal do mundo ganhou uma edição especial de Guitar Hero. Além do Metallica, o game também traz músicas do Motorhead, Slayer, Mercyful Fate entre outros. Com certeza esse é o Guitar Hero com o visual mais bonito (representando fielmente os integrantes da banda) e também o mais difícil, exigindo muita habilidade do jogador, principalmente nos solos. Game obrigatório para os HeadBangers.



The Sims 3 (PC)
Um dos jogos mais esperados pelos jogadores (principalmente do sexo feminino) de PC. The Sims 3 abrange ainda mais as possibilidades de relacionamento social de seu Sim (podendo diminuir as possibilidades de sua própria vida social). Além de você poder modificá-lo ainda mais com as novas e variadas opções de caracterização. O jogo finalmente teve uma evolução gráfica digna da nova geração, tornando-o ainda mais “real”.


Batman: Arkhan Asylum (PS3, Xbox 360 e PC)
O melhor jogo de super-heróis (ever). O jogo capta muito bem o clima sombrio do Morcegoman, talvez influenciado pelo filme “Cavaleiro das Trevas”. Sistema de Combate eficaz, opções de Steath e quebra-cabeças inteligentes são perfeitos para o maior detetive das histórias em quadrinhos. E ainda tem todo o asilo Arkhan para você explorar e encontrar os símbolos do Charada. Genial.


Beatles Rock Band (PS3, Xbox 360 e Wii)
Os Beatles são os Beatles e “é muito som!”.
Obs1: Com algumas músicas a mais seria melhor. Só 45 canções no jogo?
Obs2: I Want You (she’s so heavy) é uma boa música, mas desnecessária no game.
Obs3: Agora só falta o Rock Band Raul. (nunca será)





Forza Motorsport 3 (Xbox 360)
O competidor direto do Gran Turismo do Playstation. Forza 3 é um dos melhores simuladores de corrida já lançados, com mais de 400 carros e visual que beira a perfeição.










Scribblenauts (DS)
Um jogo que surpreendeu pela sua simplicidade, mas que exige muita imaginação do jogador. Você pode “criar” qualquer objeto somente digitando o nome e usá-lo para completar a missão que lhe foi dada. Pode ser um pouco complicado no início, mas depois vicia.



GTA: Episodes from Liberty City (Xbox 360)
Um pacote dois em um. O jogo traz as expansões “The Lost and Damned” e “The Balad of Gay Tony” e mostra os acontecimentos vistos em GTA IV pela visão de outros personagens. Mais caos nas ruas, mais explosões e mais uma oportunidade de visitar Liberty City.






Uncharted 2: Among Thieves (PS3)
O melhor jogo para PS3 do ano. Natan Drake volta nesse game de ação e aventura para roubar mais tesouros, bem ao estilo Lara Croft (série Tomb Raider). Unchated 2 prima tanto pelo visual quanto pela sua mecânica de jogo que são simplesmente perfeitos.





Call of Duty: Modern Warfare 2 (Xbox 360, PS3 e PC)
O jogo mais aguardado de 2009. Modern Warfare 2 traz de volta os momentos mais impressionantes dos games, além de novos modos de jogo e o já famoso multiplayer. Destaque para as fases passadas em uma favela no Rio de Janeiro e que lembram o mapa CS Rio de Conter-Strike. É praticamente um filme de ação em que o protagonista é controlado por você.




Assassin’s Creed II (PS3, Xbox 360 e PC)
A continuação da série que mostra as aventuras de um grupo secreto de assassinos em épocas passadas. Assassin’s Creed II é um jogo de aventura onde seu objetivo é (como o nome já diz) assassinar determinadas pessoas, mas dessa vez, como um ato de vingança pela morte do pai do protagonista, Ezio. O game melhorou significantemente em relação ao antecessor, com uma jogabilidade menos linear e mais aberta. Outro atrativo é que ele se passa na Europa dos tempos da renascença e conta com a participação de Leonardo, o DaVinci e tudo. Só não espere matar a Monalisa, ou não...


O ano de 2010 promete muito mais lançamentos de grandes games, já que muitos jogos foram adiados, como é o exemplo do RPG Mass Effect 2 e o cult Bioshock 2. Além deles, há outros games de peso que serão lançados no decorrer do ano. Ou seja, 2010 vai ser bons para os gamers e ruim para o bolso deles.

Feliz ano novo, ou não...

quinta-feira, dezembro 24, 2009

A História do Universo Fallout (parte 2)

Fallout – A Post Nuclear Role Playing Game





Em 2161, mais de 80 anos depois da grande guerra, a vault 13 ainda continua fechada. porém a quebra do chip que controlava a purificação da água faz com que o overseer (o supervisor) da vault escolha um habitante para sair do abrigo e buscar outro chip no prazo de 150 dias, antes que os outros moradores morram de sede. Esse habitante fica conhecido como Vault Dweller e ao sair da vault ele encontra o que antes era o sul da Califórnia completamente destruído. Agora esse lugar é chamado de Wasteland.

Na sua jornada em busca do chip, o Vault Dweller encontra muitos sobreviventes da grande guerra vivendo em pequenas cidades como Shady Sands, Junktown e The Hub. Coletando informações nesses lugares ele encontra o chip que procurava em Necropolis, a cidade dos Ghouls (humanos que foram muitos expostos a radiação e que agora tem uma aparência semelhante à de zumbis). No entanto, o morador da vault 13 também encontra um grande problema quando se depara com os super mutants, enormes seres que por alguma razão querem destruir o que sobrou da raça humana.

Ao retornar à vault 13, o Overseer se mostra preocupado ao saber dos super mutants e pede ao Vault Dweller para voltar mais uma vez a Wasteland e destruir essa ameaça. Já em sua nova jornada o herói se junta aos Brotherhood of Steel e destrói uma base militar pré-guerra que na verdade era a antiga base Mariposa. Lá, ele descobre que os Super Mutants são criados a partir do vírus FEV usado em humanos e que o líder deles é alguém chamado Master. A luta entre o Vault Dweller e o Master acontece numa outra vault localizada embaixo das ruínas da cidade de Los Angeles. No embate, o Master se mostra uma criatura que foi bastante modificada pelo vírus FEV e revela que seu propósito é transformar a raça humana em seres mais evoluídos através desse mesmo vírus. No fim, o herói acaba com o Master e sua organização chamada “Unity”. Os super mutants que não foram mortos pela Brothehood of Steel fogem para o leste.

Quando finalmente o Vault Dweller volta para sua vault, o Overseer o expulsa dizendo que ele agora é uma ameaça para a população da Vault 13, pois outras pessoas também poderiam querer sair do abrigo seguindo seu exemplo. Deprimido e abalado, o Vault Dweller caminha pela Wasteland, levando consigo somente o uniforme de sua antiga Vault...



 
 
 
 
Na próxima parte a história de Fallout 2 e Choosen One.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Avatar – A lenda de JakeSully




 Avatar é a grande estreia nos cinemas nesse final de ano, custando mais de 400 milhões de dólares e prometendo revolucionar o cinema digital. O filme é envolto em mistérios e expectativas desde quando foi anunciado, afinal, James, O Camaron, roteirista e diretor do Longa, precisou de 10 anos para criar uma tecnologia capaz de realiza-lo. E o filme não decepciona.
Primeiro é bom saber que assistir Avatar só em 3D não adianta muita coisa. Tudo bem que um defeito ocular no meu olho esquerdo chamado cegueira me impeça de perceber os efeitos em três dimensões, o que ocasiona um Blind Fail (piada interna). Mas os amigos ao meu lado disseram que os efeitos não são lá essas coisas. Isso significa que para se ter uma experiência completa com Avatar, é preciso assisti-lo em 3D Imax, com tela gigante e tudo. O problema que só existem, se não estou enganado, duas salas Imax no Brasil, uma em São Paulo e outra em Curitiba. Por isso, tanto faz assistir em 2D ou 3D.
Já no que diz respeito à história, Avatar não foge muito dos clichês. Em 2154 os humanos tentam colonizar um planeta chamado Pandora, que possui grandes florestas e muitos animais exóticos, além de ser o lar dos Na’vi, um povo nativo que é uma mistura de Smurfs e Thundercats



Além de serem meio Wicca, pois eles amam a natureza e esses tipos de coisas. Para tentar domina-los é criado um dispositivo que faz humanos controlarem corpos de Na’vi, transformando-os em avatares (daí o nome do filme) e entre esses humanos está Jake Sully, um fuzileiro naval que anda de cadeira de rodas e que é personagem principal da trama. De todo esse roteiro nada original, entre um romancezinho aqui e uma explosão acolá, talvez o que mais chama atenção é que Camaron retratou os humanos, e no caso os americanos, como eles realmente são: Um bando de FDP que só querem dominar os territórios dos outros para usufruir das riquezas do local. Tanto que você chega a torcer para que todos os humanos morram por causa das atrocidades feitas com a natureza em Pandora. Um roteiro digno de Al Gore.
Agora o que realmente revoluciona em Avatar é o povo Na’vi. Os movimentos e expressões faciais dos azulzinhos fazem deles mais humanos do que os próprios humanos da Terra. Tudo graças a nova tecnologia de captura de movimentos e expressões nos atores, e que foi desenvolvida por James Camaron durante esses 10 anos. Nesse sentido, o filme impressiona.
Pode-se dizer que Avatar é, sim, tudo aquilo que se esperava. Um filme divertido, com grandes efeitos e que no fundo tenta focar num assunto que está na moda: a destruição da natureza pelo homem. Talvez se o filme fosse exibido em Copenhagem, a cúpula sobre o clima não teria sido tão desastrosa.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

A História do Universo Fallout (parte 1)


Para aqueles que só jogaram o badalado Fallout 3 e querem saber o aconteceu com o mundo antes da guerra nuclear ou para quem gosta de uma boa história de ficção, esse post mostra a história do universo fallout. Nessa primeira parte está os acontecimentos antes da Great War.

O mundo pré grande guerra
Os acontecimentos no mundo de Fallout são os mesmo do nosso até a segunda guerra mundial, seguindo a partir daí uma linha de tempo alternativa própria.
É bom que se saiba que no universo Fallout a sociedade parece não ter saído da década de 1950, cultivando os costumes, maneiras de se vestir e ideias dessa época durante todo o resto do século 20 e 21. Assim no mundo pré grande guerra é comum o fascínio por robôs domésticos, carros movidos por energia atômica e a esperança de um futuro próspero por causa das pesquisas com energia nuclear (o clima dos jogos foi muito inspirado pela ficção cientifica e músicas da época). Outra diferença marcante é o fato das duas potenciais mundiais pós segunda guerra serem os EUA capitalista e a China comunista (e não a União Soviética). É nesse cenário que acontece a chamada grande guerra em 2077, a seguir estão os principais fatos ocorridos até a queda das bombas.

1969. Os 50 estados dos EUA são reorganizados em 13 comunidades e o país tem sua bandeira modificada. 13 estrelas formam um circulo contendo uma 14ª estrela no meio, representando o governo federal.



O governo americano começa cada vez mais a se militarizar e ter uma postura agressiva conforme suas reservas de energia (principalmente o petróleo) começam a esgotar.


2051. O Exercito dos EUA invade o México para assumir o controle sobre as refinarias de petróleo existentes naquele país. Sofrendo embargos políticos e econômicos o México não tem como reagir.

2052. Um documentário televisivo revela à população americana a crise de energia que o país passava ao mostrar os campos de petróleo completamente secos.

Tem Início a “Guerra dos Recursos” (Resouces War) entre Europa e Oriente Médio. A comunidade européia, dependente do petróleo importado do Oriente, responde com ações militares o alto preço dos barris.

Em Maio do mesmo ano a ONU entra em colapso, perdendo vários de seus membros. Em Julho as Nações Unidas deixam de existir.

2053. Uma epidemia chamada “Nova Praga” mata milhares de pessoas, forçando os Estados Unidos a fecharem suas fronteiras e declararem quarentena nacional. A origem da praga é desconhecida.

Em dezembro a cidade Israelense de Tel Aviv é destruída por uma arma nuclear terrorista, aumentando o medo de uma guerra nuclear por todo o mundo.

2054. Com o agravamento da Guerra dos Recursos e o alastramento da Nova Praga, os EUA iniciam o Projeto “Safehouse”. O projeto consiste na construção de abrigos chamados Vaults pela empresa Vault-Tec no caso de uma guerra nuclear ou o agravamento da epidemia Nova Praga.

2055. O governo americano financia secretamente as pesquisas da empresa West Tek sobre o desenvolvimento de um novo vírus capaz de destruir a Nova Praga.

2059. EUA militariza o Alasca para exploração das reservas lá existentes. Com isso cresce a tensão entre Estados Unidos e Canadá por causa dos oleodutos que passam pelo território canadense.

2060. A gasolina vira uma substancia muito rara para ser desperdiçada em automóveis. Carros movidos a eletricidade começam a ser fabricados, porém em quantidades limitadas. Cresce a pressão sobre pesquisas em outras formas de energia.

A Guerra dos Recursos termina por causa do fim das reservas de petróleo na região. Tanto o Oriente Médio quanto a Europa estão em ruínas.

2063. A construção das vaults na costa oeste americana está completa, com exceção da vault 13 (lar do personagem principal do primeiro jogo Fallout)

2065. A crescente militarização faz com que o governo dos Estados Unidos comece a fazer pesquisas em armaduras capazes de transformar os soldados americanos em verdadeiros tanques de guerra humanos. Essas armaduras são chamadas de Power Armor (posteriormente usadas pelos Brotherhood of Steel).

2066. A China começa a sofrer com a crise de energia que assola o mundo e a depender das importações de petróleo. Negando-se a exportar combustível para a China, as relações entre EUA e o país comunista são cortadas.

Pouco tempo depois os Chineses invadem o Alasca em busca das reservas de petróleo, iniciando a Batalha de Anchorage e a Guerra entre China e Estados Unidos

Nesse mesmo período o Canadá tenta impedir que o exército americano utilize os espaços aéreo e terrestre para irem ao Alasca, porém acabam recuando.

2067. A Power Armor chega à frente de batalha no Alasca e é a principal responsável pelas vitórias americanas sobre os chineses. A china tenta criar sua própria versão da armadura, mas está atrasada tecnologicamente em relação aos EUA

2069. O Canadá se sente pressionado com a presença militar americana em seu território, sendo praticamente obrigado a fornecer recursos para a guerra no Alasca. Vários protestos começam a aparecer nas ruas canadenses.

A Construção da Vault 13 é finalmente concluída, sendo a última vault a ser terminada na costa oeste.

2070. Os primeiros carros movidos a energia nuclear são produzidos e, apesar de serem caríssimos, são todos vendidos em poucos dias (você pode controlar um desses em Fallout 2)

2072. Aumentam as revoltas e protestos no Canadá por causa da exploração de seus recursos pelos EUA. Um atentado a um oleoduto americano no Alasca agrava ainda mais a situação entre os dois países.

2073. A china aumenta o uso de armas biológicas e em contrapartida os Estados Unidos aumentam as pesquisas feitas com vírus na West Tek.

2074. As negociações entre os Estados Unidos e as outras potencias mundiais chegam a um fim dramático. O governo americano decide usar exclusivamente a última reserva de petróleo conhecida no mundo, não vendendo nem negociando com outros países.

2075. As pesquisas no laboratório da West Tek progridem e o novo vírus chamado FEV (Forced Evolutionary Virus, ou Vírus de Evolução Forçada) é testado em animais. Os experimentos resultam em aumento na força e inteligência, mas também uma agressividade fora do normal.

2076. Um time militar é mandado ao laboratório da West Tek para supervisionar as pesquisas. Entre os militares está o Capitão Roger Maxson (Fundador da Brotherhood of Steel)

O Canadá é anexado pelos EUA e vários protestantes canadenses são mortos. Os relatos das atrocidades chegam à população americana, que não vê isso com bons olhos.

Várias revoltas por falta de comida e energia são feitas nas cidades americanas. O estado de emergência é declarado no país.

2077. As pesquisas e experimentos do FEV são transferidos para a recém construída Base Militar Mariposa (Military Base de Fallout 1 e 2) para terem acompanhamento do exercito.

Os Chineses são expulsos e o Alasca recuperado (esse acontecimento está na expansão Operation: Anchorage de Fallout 3). A guerra entre EUA e China termina.

As revoltas e protestos em solo americano aumentam e tropas usando power armor são mandadas para conter a população. Vários civis são mortos e muitos soldados abandonam o exercito.

As pesquisas sobre o FEV vazam para o mundo e o governo americano é acusado de transmitir a nova praga. Crescem as tensões pelo planeta.

A Grande Guerra (Great War)




Em 23 de Outubro 2077 bombas nucleares são lançadas, ninguém sabe se foram os chineses ou americanos. Outros países também lançam seus mísseis. As sirenes de alerta tocam, mas poucas pessoas entram nas Vaults, pois pensaram ser um alarme falso. As Vaults são seladas. O Laboratório da West Tek é atingido, liberando o vírus FEV na atmosfera e – junto com a radiação das bombas nucleares – causam mutações nos seres vivos que sobreviveram. Em duas horas de bombardeio o planeta Terra está em ruínas..


No próximo post será a vez das histórias dos jogos...

sábado, dezembro 05, 2009

Canto dos Malditos

“Olha a minha cara de quem gosta de você
Cuspo na tua foto, faço cena de tv
Pra ver que, ainda assim, você gosta de mim”


A voz rouca e arranhada de Andréa Martins pode causar um efeito de estranheza ou de encantamento. Um canto maldito, que se encaixava perfeitamente no nome e no estilo da banda Canto dos Malditos na Terra do Nunca, ou CMTN. Espera aí, “se encaixava”? Sim, já que a banda de origem baiana durou somente cinco anos, dois EP`s e um CD. Culpa da absurda obrigatoriedade de estar no eixo sul-sudeste para fazer sucesso. Impossibilitados de se mudarem para São Paulo, o CMTN se desfez quando estava começando a estourar, aparecendo em programa da Globo e concorrendo a prêmio no VMB. Já o estranho nome vem do livro Canto dos Malditos, do autor Austregésilo Carrano Bueno,  que inspirou o filme Bicho de Sete Cabeças, e da lendária Terra do Nunca das histórias de Peter, o Pan.

O único álbum lançado, com o mesmo nome do grupo, é uma reunião de músicas dos dois EP`s e mais algumas inéditas. O som é no mesmo estilo de outra banda baiana e que já estava estourada na época: a Pitty. As letras da vocalista Andréa, por outro lado, vão mais para o lado melancólico e solitário de um amor, digamos... Sujo. Ora gritado e agressivo, ora devagar e arrastado, chegando até a ser chato, as músicas se alternam entre rock bem pesado e badalas mais lentas. O CD contem ótimas músicas, como “olha a minha cara”, “sinta vontade de ficar” e “A cor do Meu Sorriso”.

O grande destaque do CMTN, amando ou odiando, era o vocal de Andréa Martins. A voz grave lhe rendeu comparações com Cássia, a Eller. Andréa chegou até a fazer uma participação no Luau MTV Nando, o Reis cantando Luz dos Olhos, música de autoria do ex-Titã que era interpretada pela falecida cantora.

Apesar de a banda ter acabado há quase dois anos, eu, morador atrasado culturalmente da mais ainda atrasada cidade de Manaós, só conheci o Canto dos Malditos na Terra do Nunca há pouco tempo. Ouça uma música deles e, se gostar, procure o álbum para baixar, senão fale que é uma merda e vá ouvir outra coisa.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Mini Reviews 2

Mais frases idiotas feitas por esse cérebro desocupado.
Pra mudar um pouco de gênero, coloco alguns filmes dessa vez. E um jogo só pra não perder o costume.


Esse filme é Bacana!... Quando você assiste longe dos calouros de comunicação social da ufam.








Se no minuto 97 (1h 37min) do filme você se sentir feliz, pode se considerar uma pessoa doente!















Faça as escolhas morais certas e seu prêmio será uma noite de amor com uma alienígena azul... Que não tem três peitos??!! Aí não dá!

terça-feira, setembro 22, 2009

Mini reviews

Vou começar a postar de vez em quando reviews (análises) pequenas, mas bem pequenas mesmo, de no máximo uma frase, para serem mais divertidas e legais de ler. Isso já é prática no twitter com sinopses de livros, mas como sou um nerd vou começar com alguns games.


Mate quase tudo mundo, menos quem importa: O roterista que escreveu essa história de merd...



















Você é um soldado chamado "Sabão", e não importa quantas pessoas você mate, seu nome continuará a ser... "Sabão"


















Conhece o Mario?...

















Assim que tiver mais ideias de frases engraçadinhas para os jogos (ou filmes, livros e afins) eu posto aqui.

terça-feira, setembro 15, 2009

Fallout - Clássico e Original


Título: Fallout - A Post Nuclear Role Playing Game
Plataforma: PC
Ano: 1997
Desenvolvimento: Interplay


1997 foi o ano mais importante para o RPG nos games. Final Fantasy VII foi lançado e seu sucesso atravessou as fronteiras do Japão, popularizando o gênero no ocidente. Porém o que realmente torna esse ano tão especial foi o surgimento de outro game, que em muitos aspectos é superior ao jogo da então Square soft, e viria a se tornar um clássico “cult” entre os amantes de RPG eletrônico. Esse jogo é Fallout – a Post nuclear Role Playing Game.

A Origem

Fallout é considerado o sucessor “espiritual” de outro game clássico do PC lançado em 1988: Wasteland. Os dois possuem em comum o mesmo criador, Brian Fargo, e a mesma desenvolvedora, Interplay. No entanto eles não puderam fazer uma seqüência na época, já que os direitos de Wasteland ainda pertenciam a Eletronic Arts. Então a Interplay se inspirou no ambiente pós apocalíptico do jogo anterior para criar Fallout, que estava sendo desenvolvido baseado no G.U.R.P.S, um dos mais famosos e completos sistemas de RPG de “mesa”. Porém o criador desse sistema, Steve Jackson, desistiu do projeto por achar o jogo violento demais. Por causa disso foi preciso criar um outro sistema, que foi chamado de SPECIAL e até hoje é usado nos jogos da série.

Senta Que lá vem a História
O jogo acontece em 2161 numa realidade pós apocalíptica devastada por uma guerra nuclear, o seu personagem é um morador da vault 13, um dos vários abrigos feitos antes da guerra e que ainda não foram abertos. Porém agora ela está em perigo, o chip que controlava a água está quebrado e o prefeito da vault escolhe você para ir buscar outro antes que a população morra de sede. Assim você sai pela primeira vez ao mundo (mais precisamente no sul da Califórnia) e o descobre devastado, porém a humanidade ainda resiste em pequenas comunidades e durante a aventura você chega a ir até as ruínas da cidade de Los Angeles.


Nesse primeiro jogo são introduzidos muitos dos personagens clássicos da série, como os Brotherhood of Steel, super mutants e os ghouls. Além disso, conceitos presentes até hoje em Fallout já parecem, a exemplo do clima retrô dos anos 50 existentes entre os habitantes das vault, nos itens uitlizados no jogo e principalmente no mascote Vault Boy.

Pontos Positivos
• Criação de personagem bem diversificada como nos jogos de RPG de “mesa”

• Liberdade para ir aonde quiser e fazer as missões em qualquer ordem, sempre havendo mais de uma solução para completá-las. Marca registrada em todos os jogos da série Fallout

• História envolvente. Ajudada pela ótima dublagem dos personagens e suas características únicas

Pontos Negativos
• Limite de tempo. Você tem 150 dias (no tempo do jogo) para achar e voltar com outro chip, senão os habitantes da vault morrem. Após isso, ainda tem um limite de tempo para você destruir a ameaça dos super mutants, o que modifica o final do jogo

• No jogo é possível recrutar outros personagens (NPC – Non Player Caracter) para se juntar a você, porém muitas vezes eles mais atrapalham do que ajudam.

• Apesar da visão isométrica do jogo (vista de cima) dar uma impressão de 3D, ela prejudica em certas partes por bloquear objetos, passagens e inimigos no cenário.


Apesar de não ter tido o mega sucesso de FF VII, Fallout 1 conquistou muitos fãs por ser diferente dos RPG’s romanceados que viam do japão. Sua estrutura e sistema de jogo próximos ao tradicionais RPG ‘s fizeram dele um game cultuado. Dez anos depois, Fallout 3 conseguiu enorme sucesso e graças a ele muitos puderam conhecer aquele jogo que começou tudo. Fallout – A post Nuclear Role Playing Game é indispensável para aqueles fãs de RPG que já estão cansados com as mesmices nos jogos do gênero e querem experimentar um jogo clássico e original.

sábado, setembro 05, 2009

O Iluminado vs O Iluminado


Adaptações de livros para o cinema sempre geraram polêmicas e discussões entre os fãs da obra adaptada. Afinal é um desafio transformar centenas de páginas num longa metragem de 2 horas (ou mais) e continuar fiel à obra. Apesar disso é bom lembra que uma adaptação nada mais é do que a visão que uma pessoa (no caso o Diretor) tem da história contada no livro.
O código da Vinci, a série Harry Potter e mais recentemente Prepúcio Crepúsculo são exemplos de adaptações que se diferenciam das respectivas obras literárias.
Porém estou aqui para mostrar as diferenças entre o best seller O Iluminado de Stephen King e sua adaptação, o clássico de mesmo nome, dirigida por Stanley Kubrick

Jack Torrance
• No livro Jack é um ex alcoólatra que luta para não cair de novo no vício da bebida. Apesar de às vezes ter um temperamento violento, ele ama sua família. Jack só fica desequilibrado por causa dos espíritos que habitam o hotel Overlook, que o influenciam a querer matar a mulher e o filho.

• No filme Jack já é apresentado como uma pessoa desequilibrada (talvez por causa da cara de louco que o Jack Nicholson tem) e pouco apegado à família.

• Na obra de Stephen King Jack já está escrevendo um romance e pretende usar o isolamento do hotel para terminá-lo
• Na versão de Kubrick Jack ainda vai começar um livro e só fica Datilografando a frase “All work and no play makes jack a dull boy” (muito trabalho e sem diversão fazem de Jack um infeliz)

Wendy Torrance
• No livro Wendy é descrita como uma mulher loura e bonita. Inconscientemente sente ciúmes de Jack, pois sabe que o filho é mais apegado ao pai do que com ela

• No filme Wendy tem cabelos negros, é muito submissa e parece uma versão feminina do Gollum de O Senhor dos Anéis


Danny Torrance
• No filme Danny faz Tony, seu amigo imaginário, como se fosse seu dedo e falando com uma outra voz (como um ventríloquo)
• No Livro Tony somente aparece nos sonhos de Danny.


Trechos do livro diferentes das Cenas (ou Senas, para a Sasha)
• A conversa entre o cozinheiro Halloran e Danny sobre iluminados acontece no carro de Holloran e não na cozinha

• A cena das irmãs no corredor não está no livro

• A briga entre Jack e Wendy no final é muito mais pesada no livro do que no filme. No livro wendy enfia uma faca nas costas de Jack e ele quebra as costelas dela com um taco

• Jack não quebra a porta com um machado e sim com um taco e wendy corta a mão dele com Gilete e não com uma faca como no filme.

• A cena do labirinto coberto de neve nunca acontece no livro

Spoiler Spoiler Spoiler Spoiler Spoiler Spoiler Spoiler Spoiler
O final do Livro é completamente diferente do final do filme:

• Halloran (o cozinheiro negro) não more no livro, no filme sim

• No livro o Hotel Overlook explode com Jack dentro dele. No filme Jack morre congelado e se torna mais um espírito a assombrar o hotel

quinta-feira, setembro 03, 2009

Manaus Game Festival



O Manaus Game Festival foi realizado no último dia 30 de agosto (também conhecido como Domingo) no centro de convenções do Studio 5 e reuniu Games, Cosplay, Anime, RPG e afins em uma salada nerd, mas como evento de Games ele foi “Maron menos”.
Não que tenha sido ruim, foi um bom evento, e as falhas até que são válidas para uma primeira edição, porém algumas incomodaram, como o fato de você não conseguir ouvir as músicas que estavam tocando no Rock Band por causa do som dos auto-falantes do evento tocando músicas de anime. Outra falha era a falta de um ambiente climatizado (e isso é fundamental aqui em Manaós) e alguns estandes com assuntos meio deslocados, pula-pula para crianças, Bonecos do Ben 10 e até um estande de massagens (???) custando 10 dinheiros por 10 minutinhos (Um Roubo!).

Bom, tirando essas falhas havia mesas de Totó e sinuca, uma mini lan house para o torneio de Counter-Strike, os já citados Rock Bands, fliperamas com jogos de luta, uma exibição de animes e muitas mesas com jogos de tabuleiro e cartas (leia-se HeroClix e Magic).



O ponto alto do evento (quando teve mais gente no lugar) foi o corcurso de Cosplay, a maioria de personagens de jogos. Alguns interessantes e outros nem tanto (vergonha alheia total), mas no geral foi divertido. Se não me engano o 1º lugar foi o cosplay de Nights do Jogo Nights: intro Dreams, um clássico do Sega Saturno (parece que era sega saturn) agora o que ela ganhou não tenho a mínima ideia.


Enfim, o manaus game festival foi legal. Em novembro disseram que ia ter outro, então é esperar que corrijam as falhas e coloquem mais coisas nessa segunda edição, como estandes de empresas (tectoy, Sony etc) e por que não até palestras.





quinta-feira, agosto 27, 2009

O Retorno depois da “Morte”



Pra mudar um pouco do assunto de games aqui vai uma pequena resenha do último disco de uma das minhas bandas favoritas.

Após cinco anos sem um disco de inéditas, a banda Metallica lança “Death Magnetic” (Universal Music, 2008). O álbum, que é o 11º do grupo, tenta trazer de volta o som dos primeiros discos da banda.
Com mais de 25 anos de carreira o Metallica já passou por altos e baixos. No começo, o som rápido, pesado, mas com melodia ficou conhecido como “Thrash Metal”,logo o grupo ficou famoso no cenário undergroud e grava três obras primas do metal ( Kill ‘em All, Ride The Lightining e Master of Puppets). Porém em 1986 ocorre uma tragédia, o ônibus da turnê da Banda sofre um grave acidente e o baixista Cliff Burton morre. Mesmo assim o Metallica continua e Jason Newsted é chamado pro lugar de Cliff. É com essa formação que a banda atingiu o auge com o disco “Black Álbum” de 91, que já vendeu 15 milhões de cópias e fez do grupo uma das maiores bandas de metal do mundo. Mas no final da década de 1990 o Metallica foi o principal artista a combater as músicas em MP3 e o seu compartilhamento na Internet, o que fez eles serem mal vistos pelos fãs. Logo depois veio o fundo do poço: Jason Newsted sai da banda e a gravação do disco St. Anger é marcada por brigas no grupo e a internação do vocalista James Hetfield em uma clínica contra alcoolismo. Tudo isso é mostrado no documentário “Some Kind Of Moster”, que foi gravado durante esse período. Quando finalmente St. Anger é lançado em 2003 ele se torna um fracasso em vendas, sendo muito criticado por se afastar do som da banda.
Por isso Death Magnetic é muito mais que um novo disco, é a volta por cima do Metallica. As músicas se aproximam da sonoridade do passado. A prova disso é a faixa “Suicide & Redemption”, uma música instrumental, coisa que a banda não fazia desde o álbum “... And Justice for All” de 1988. Outras músicas do disco mostram todo o som pesado e solos distorcidos da banda, como é o caso em “All Nightmare Long” e, principalmente, em “My Apocalypse”, de longe a melhor do álbum. Já em outras faixas como “Cyanide” e “The Judas Kiss” há uma impressão de não-sincronização entre o grupo, o que as torna enjoativas.
Por esses detalhes Death Magnetic não é o melhor disco do Metallica, mas é, com certeza, um belo retorno que agradou aos fãs.

terça-feira, agosto 25, 2009

As primeiras impressões do jogo do Batman



Se Batman Arkhan Asylum não for o melhor game de super-héroi feito até agora pelo menos ele é o melhor do Morcego. Como ainda não terminei o jogo só vou falar os aspectos que mais chamam a atenção.

Detective Mode
Batman é o maior detetive do Mundo (DC) e com esse modo (ativado com um simples botão) o cavaleiro das trevas consegue ver através da parede, procurar provas de um crime como impressões digitais e ainda localizar passagens escondidas. O jogo tem muitos puzzles. Muito bom

Combate
O combate no último jogo do Wolverine era Bom? então em Akhan Asylum é melhor. Isso porque não é só pancadaria desenfreada, você pode sair dando sopapo em tudo mundo, mas com três tiros é morte (afinal o Batiman é um humano e não é a prova da bala) então é mais ao estilo Batman se esconder e sorrateiramente nocautear os inimigos. Agora quando não tem jeito o você tem que sair na mão com vários oponentes o sistema de combate é simples e eficiente, com contra ataques com o apertar de um botão e afeitos de cameras muito bons. Talvez aqui o único problema é a burrice dos oponentes.

A história de Arkhan
O Asilo é enorme e contem muitos secredos. Com um pouco de exploração você encontra a história do Asilo Arkhan e através de fita com entrevistas dos pacientes você descobre a personalidade (doentia) dos vilões como Coringa, Espantalho e Charada.

O jogo concerteza é muito bom e cumpre o que prometeu. Quando terminar o jogo vou tentar escrever um review e postar aqui (espero). Se você é fã de Batman esse é o seu jogo do Morcego.

PS: A luta contra o Espantalho (não o 555) é uma das melhores. E não estou falando isso porque ele é parente (eu acho que devemos ser parentes, ele também é espantalho).

sábado, agosto 22, 2009

Como se pode tirar algo novo de um gênero já batido



Os jogos de tiro em primeira pessoa, ou FPS, são um dos mais populares dos jogos eletrônicos, principalmente na nova geração. As séries Metroid Prime, Halo e Call of Duty fizeram do gênero um sucesso nos consoles. O problema é que junto sempre vem um sem-número de jogos genéricos que não trazem um mínimo de originalidade. Dois títulos que joguei a pouco tempo tiveram influência desse gênero e, cada um a sua maneira, adicionou novos elementos, mostrando que sempre se pode tirar algo novo nos games, estou falando de Mirror’s Edge e Chronicles of Riddick.


Mirror’s Edge foi feita pela Dice, famosa por desenvolver a série Battlefield, e fez muito alarde antes do lançamento por sua jogabilidade inovadora, mas o objetivo no jogo é simples: vá de um ponto A até um ponto B, para isso você deve pular entre os prédios e escalar paredes como se fosse o Homem-aranha, porém Faith, a personagem principal, não tem nenhum poder especial, e utiliza as habilidosas acrobacias do esporte Parkour para atravessar os obstáculos, detalhe: tudo isso é feito com a visão em primeira pessoa, como em um FPS. Parece estranho? No começo sim e muitas fezes pensei: ”Caramba, como vou chegar até ali?” e depois de apertar uns três botões lá estava eu onde antes achava ser impossível alcançar. Graças aos comandos que são bastante simples logo você pega o jeito no jogo. Em certos fases Mirror’s Edge dar uma angustia ao ponto de suar as mãos segurando o controle, tamanha a impressão da altura enquanto você faz acrobacias no altos dos prédios, uma única falha e é morte na certa. Apesar de suas características inovadoras algumas mídias especializadas se decepcionaram com o sistema de combate e acharam o jogo mediano. Apesar de sim, ter um fraco sistema de combate, é bom lembrar que Mirror’s Edge não foi feito com esse propósito e no quesito diversão ele é um excelente game, tanto no modo Story e principalmente nos modos Time Trial e Speed Run. Só pela sua originalidade já vale ser jogado.


Já Chronicles of Riddick tem uma jogabilidade mais próxima ao FPS, mas nem por isso deixa de ter elementos diferentes no gênero. O Game é um pacote dois em um, o primeiro jogo é um remake de Escape from Butcher Bay, jogo para o primeiro Xbox lançado em 2003 e que foi totalmente remodelado para um jogo de nova geração, e o segundo jogo é a inédita continuação Assault On Dark Athena. Ambos os jogos podem ser vistos como FPS, mas também possuem um forte elemento Stealth. Assim como nas séries Splinter Cell e Metal Gear você usa as sombras como aliada para passar despercebido pelo inimigo. Apesar de você poder sair atirando em tudo mundo como um FPS comum (e em certas partes do jogo é inevitável você fazer isso), Tanto Escape From Brutcher Bay quanto Assault On Dark Athena praticamente o obrigam a ser sorrateiro. Os ambientes do jogo sempre são sombrios e com pouca iluminação, além disso, o personagem Riddick tem o poder de enxergar no escuro e muitas das armas não podem ser utilizadas por terem um tipo de trava, que só funciona com o DNA dos soldados que a utilizam. Portanto o jeito é matar sorrateiramente os inimigos (utilizando facas ou as próprias mãos) e não esquecer de esconder seus corpos para não chamar a atenção dos outros guardas. Sinceramente não assistir aos filmes Eclipse Mortal e A Batalha de Riddick, de onde a história dos games são baseados, mas como o jogo é cronologicamente anterior aos longas-metragens, ao final do game fiquei com uma vontade de assisti-los.
Mirror’s Edge e Chronicles of Riddick são dois exemplos de como alguns detalhes diferentes podem tirar os jogos da mesmice de atirar-carregar-e-atirar-de-novo. Mas você só vai saber se são bons mesmo quando jogar esses dois ótimos games.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Prepare for the Future - Um Review de Fallout 3


O Parsonagem principal e seu fiel companeiro Dogmeat

Vou começar logo dando um conselho: da próxima vez que você beber aquele refrigerante não jogue fora a tampa da garrafa (a famosa “pincha”), pois no futuro ela vai substituir o dinheiro. Isso, claro, se em 2077 ocorrer uma guerra nuclear e devastar com quase toda a vida na Terra, assim como acontece em Fallout 3, um rpg de ação que, não a toa, foi considerado um dos melhores jogos de 2008.
Se você não jogou Fallout 3 por não ter passado pelos dois primeiros e pensa que vai pegar a história na metade não se preocupe, apesar de acontecerem no mesmo mundo, as trama de Fallout 1 e 2 acontecem na costa oeste americana, já Fallout 3 se passa na costa Leste, 200 anos depois da guerra nuclear e com o começo de uma nova história. Já os antigos fãs vão notar muitas referencias aos episódios anteriores, mas que não atrapalham o entendimento do jogo.

O mundo de Fallout

Paradise Falls – Um shopping que virou lar dos Slavers

A primeira cena do jogo é nada menos que o seu nascimento, onde você escolhe o sexo e a aparência do seu personagem. Logo depois você fica sabendo que é morador da Vault 101. As Vaults são abrigos nucleares que foram seladas durante a guerra, e quando seu personagem completa 19 anos, seu pai misteriosamente abandona a vault e você, obviamente, vai atrás dele. Ao sair você descobre que está nas ruínas da antiga capital americana, Washington D.C, hoje chamada capital wastland e a partir daí o seu destino é por sua conta. Você pode seguir os passos de seu pai e saber por que ele lhe deixou ou simplesmente ir em busca de outras aventuras, mas fique avisado, Capital Wastland é absurdamente enorme, Liberty City de GTA IV parece um vilarejo perto dela (é sério!) e se você, assim como eu, gosta de explorar cada canto, isso pode levar semanas!
Agora não pense que por causa da guerra nuclear não existe mais vida no mundo, as pessoas que sobreviveram agora dividem espaço com outras raças, como os Ghuols, humanos que tiveram sua aparência mudada drasticamente por causa da alta radiação, e os Super mutants, enormes criaturas que não querem saber de conversa e o atacam quando lhe vêem. Além deles os Brotherhood of Steel e a Enclave dos jogos anteriores também dão o ar da sua graça.
Perambulando pela Wastland você vai se sentir em um filme de Mad Max, paisagens pós apocalípticas se misturam com lugares bem peculiares, exemplos são as cidades de Megaton (que mais parece uma favela e inexplicavelmente foi construída em volta de uma bomba atômica) e Litlle Lamplight, onde somente vivem crianças. Construções famosas de Washington (ou o que sobrou delas) também podem ser exploradas, como a casa branca e o pentágono, porém não espere esbarrar por nenhuma Cúpula do Trovão por aqui.

O sistema de Jogo
Desde o primeiro jogo a série Fallout usa um sistema chamado S.P.E.C.I.A.L que é a sigla dos sete principais atributos do personagem: Strength (Força), Perception (Percepção), Endurance (Residência), Charisma (Carisma), Inteligence (Inteligência), Agility (Agilidade) e Luck (Sorte), a cada um deles você distribui uma quantidade de pontos que determinarão como será seu personagem. Uma força maior que residência o faz mais forte, porém você receberá mais dano do inimigo, por exemplo. Já o sistema de combate é o VATS. Nele cada parte do corpo do oponente tem uma porcentagem de acerto, essa porcentagem depende de vários fatores como a distância do inimigo e o tipo de arma que você usa. Acerte um braço e a criatura deixa cair a arma que estava usando, ou atire na perna para que ela saia mancando. Por outro lado as várias armas encontradas no jogo não duram para sempre, quanto mais são usadas mais se desgastam e causam menos dano, por isso precisam ser reparadas constantemente. Outro destaque são as experiências (XP), aqui você não precisa lutar que nem desesperado para subir de nível, basta conseguir abrir uma porta trancada, encontrar a localização de um lugar ou desarmar uma bomba para você ganhar uma quantia de xp. Todo esse sistema faz de Fallout 3 um verdadeiro Role Playing Game por se aproximar bastante dos tradicionais RPGs de mesa, Exigindo estratégia e dedicação do jogador.

Livre arbítrio
Em Fallout 3 você é livre para fazer o que quiser, não há um caminho pré-estabelecido e as quests podem ter duas, três ou até mesmo quatro maneiras de serem feitas. Mas lembre-se que as suas ações terão conseqüências. Uma delas é o seu Karma, um medidor do quão bom ou mal é o seu personagem. Mate inocentes e perca karma, ou ganhe por ajudar os outros. O seu Karma também tem influência nas quests, em como as pessoas lhe tratam e quais personagens você pode escolher para lhe acompanhar durante a jornada. Sim, é isso mesmo que você leu, você não precisa fazer tudo sozinho e pode ter companheiros que serão controlados por I.A, cada qual com características diferentes, além disso, você pode equipá-los e determinar táticas de combate. No jogo eu consegui formar um grupo com até 3 personagens, o problema é que com isso você ganha menos xp após as lutas.

A guera nunca muda.
Fallout 3 pode ser jogado em primeira ou terceira pessoa, mas essa última não é recomendada, além de não ter uma mira satisfatória (lhe deixando muito dependente do sistema VATS) a animação de seu personagem parece muito artificial. Os gráficos são ótimos (principalmente no por do sol, experimente assistir), mas o grandioso mundo de Capital Wastland faz o jogo ter um excessivo número de bugs, não se surpreenda com corpos voando no céu ou o jogo travar de vez em quando, patches de atualização ajudam mais não resolvem todos eles. Além dos patches, também podem ser baixadas cinco expansões (Operation: Anchorage, The Pitt, Broken Steel, Point Lookout e Mothership Zeta) cada um com novas missões e lugares para serem explorados, dando longetividade e vida nova ao jogo.
Games como Knights of the Old Republic inovaram o gênero de rpg com a livre caracterização de personagem e as escolhas morais, Fallout 3 eleva esse sistema com a interação em um enorme mundo que, apesar de destruído, está vivo e pulsante, sobrevivendo à uma guerra que parece nunca acabar, já que a guerra, a guerra nunca muda...
Nota: 9,5