segunda-feira, março 22, 2010

Mais um Choque Biológico


Mark Meltzer é um bom pai e ama muito sua filha Cindy. Então, imaginem seu desespero quando ele descobre que ela é uma das várias meninas que estão desaparecendo nas praias de todo o mundo. Na busca pela filha, ele acaba encontrando uma cidade no fundo do oceano atlântico que deveria estar esquecida, uma cidade chamada Rapture. Mark Meltzer não é o personagem principal de Bioshock 2, ele apenas faz parte de uma das várias histórias contadas nessa continuação, mas assim como ele, o novo protagonista também é um Daddy (pai em inglês). Bioshock 2 se passa dez anos depois da primeira aventura e agora você está na pele (ou armadura) de um Big Daddy, mas não um modelo comum e sim o primeiro protótipo construído, com o nome de Subject Delta.

Rapture agora é controlada por uma mulher chamada Sofia Lamb e o seu caminho se cruza com o dela por causa de Eleanor, filha de Lamb e também uma Littre Sister que acompanhava Delta. O problema é que a nova dona de Rapture está usando a própria filha para conseguir objetivos nada agradáveis e cabe a você, como um bom Big Daddy, procurar e proteger sua Sister. A nova trama é boa e consegue te prender até o fim, porém ela não tem o mesmo impacto que a do primeiro jogo. Além disso, a nova antagonista bem que tenta, mas não chega a ser um personagem tão forte e carismático quanto o megalomaníaco Andrew Ryan. Já quem ficou curioso com o que aconteceu nesses dez anos que separam os dois jogos, pode ouvir os vários audio diaries espalhados pela cidade, através deles também é possível conhecer outras histórias paralelas e emocionantes (como a do nosso amigo Mark Maltzer).

Sem dúvida a maior novidade nessa sequência é o fato de controlar um Big Daddy e isso muda bastante a mecânica do jogo. Logo de cara, a primeira mudança é poder usar os poderes do plasmid e as armas ao mesmo tempo. E mesmo que a ideia de um protótipo que é melhor do que os modelos ditos avançados ser meio absurda, ela é bem vinda, já que as novas habilidades deixaram os combates mais dinâmicos. Outra novidade é que agora há uma opção de adotar as Little Sisters, o que significa protegê-las dos inimigos que aparecem do todos os lugares enquanto elas extraem Adam dos corpos de pessoas mortas (um hábito MUITO normal para meninas dessa idade).

Se no primeiro Bioshock os inimigos mais fortes eram os Big Daddies, agora que você é um deles quem poderia te ameaçar? A resposta para essa questão são as Big Sisters. Elas são nada menos que as Littles Sisters do jogo anterior que cresceram e agora usam uma armadura inspirada nos seus “Mister Bubbles”. Elas são mais rápidas e mais fortes que os Big Daddies, além de também usarem plasmids. Portanto, prepare-se, pois não será uma luta fácil.


 
Por mais que Bioshock 2 tenha acrescentado novas características, visto no geral o jogo pouco muda em relação ao primeiro. Os inimigos são praticamente os mesmos do jogo anterior - os Splices - e os poderes dos Plasmids pouco mudaram. O game peca por não inovar tanto quanto seu predecessor, mesmo evoluindo alguns aspectos. Não estou falando que ele é um jogo ruim, longe disso, só que parece que o pessoal da 2K games não quis arriscar muito nessa sequência. Bioshock 2 seria um game perfeito se não fosse uma continuação, mas com certeza você não ficará decepcionado ao jogá-lo. Então, aventure-se mais uma vez por Rapture e quem sabe você pode encontrar Mark Meltzer e sua filha Cindy, com certeza você ficará impressionado com o que vai ver.





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