sábado, agosto 22, 2009

Como se pode tirar algo novo de um gênero já batido



Os jogos de tiro em primeira pessoa, ou FPS, são um dos mais populares dos jogos eletrônicos, principalmente na nova geração. As séries Metroid Prime, Halo e Call of Duty fizeram do gênero um sucesso nos consoles. O problema é que junto sempre vem um sem-número de jogos genéricos que não trazem um mínimo de originalidade. Dois títulos que joguei a pouco tempo tiveram influência desse gênero e, cada um a sua maneira, adicionou novos elementos, mostrando que sempre se pode tirar algo novo nos games, estou falando de Mirror’s Edge e Chronicles of Riddick.


Mirror’s Edge foi feita pela Dice, famosa por desenvolver a série Battlefield, e fez muito alarde antes do lançamento por sua jogabilidade inovadora, mas o objetivo no jogo é simples: vá de um ponto A até um ponto B, para isso você deve pular entre os prédios e escalar paredes como se fosse o Homem-aranha, porém Faith, a personagem principal, não tem nenhum poder especial, e utiliza as habilidosas acrobacias do esporte Parkour para atravessar os obstáculos, detalhe: tudo isso é feito com a visão em primeira pessoa, como em um FPS. Parece estranho? No começo sim e muitas fezes pensei: ”Caramba, como vou chegar até ali?” e depois de apertar uns três botões lá estava eu onde antes achava ser impossível alcançar. Graças aos comandos que são bastante simples logo você pega o jeito no jogo. Em certos fases Mirror’s Edge dar uma angustia ao ponto de suar as mãos segurando o controle, tamanha a impressão da altura enquanto você faz acrobacias no altos dos prédios, uma única falha e é morte na certa. Apesar de suas características inovadoras algumas mídias especializadas se decepcionaram com o sistema de combate e acharam o jogo mediano. Apesar de sim, ter um fraco sistema de combate, é bom lembrar que Mirror’s Edge não foi feito com esse propósito e no quesito diversão ele é um excelente game, tanto no modo Story e principalmente nos modos Time Trial e Speed Run. Só pela sua originalidade já vale ser jogado.


Já Chronicles of Riddick tem uma jogabilidade mais próxima ao FPS, mas nem por isso deixa de ter elementos diferentes no gênero. O Game é um pacote dois em um, o primeiro jogo é um remake de Escape from Butcher Bay, jogo para o primeiro Xbox lançado em 2003 e que foi totalmente remodelado para um jogo de nova geração, e o segundo jogo é a inédita continuação Assault On Dark Athena. Ambos os jogos podem ser vistos como FPS, mas também possuem um forte elemento Stealth. Assim como nas séries Splinter Cell e Metal Gear você usa as sombras como aliada para passar despercebido pelo inimigo. Apesar de você poder sair atirando em tudo mundo como um FPS comum (e em certas partes do jogo é inevitável você fazer isso), Tanto Escape From Brutcher Bay quanto Assault On Dark Athena praticamente o obrigam a ser sorrateiro. Os ambientes do jogo sempre são sombrios e com pouca iluminação, além disso, o personagem Riddick tem o poder de enxergar no escuro e muitas das armas não podem ser utilizadas por terem um tipo de trava, que só funciona com o DNA dos soldados que a utilizam. Portanto o jeito é matar sorrateiramente os inimigos (utilizando facas ou as próprias mãos) e não esquecer de esconder seus corpos para não chamar a atenção dos outros guardas. Sinceramente não assistir aos filmes Eclipse Mortal e A Batalha de Riddick, de onde a história dos games são baseados, mas como o jogo é cronologicamente anterior aos longas-metragens, ao final do game fiquei com uma vontade de assisti-los.
Mirror’s Edge e Chronicles of Riddick são dois exemplos de como alguns detalhes diferentes podem tirar os jogos da mesmice de atirar-carregar-e-atirar-de-novo. Mas você só vai saber se são bons mesmo quando jogar esses dois ótimos games.

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